O resultado anual do mercado brasileiro deverá apresentar números semelhantes. O crescimento na casa dos dois dígitos vem na esteira do baixo nível de desemprego do país, de acordo com o presidente do Sindusfarma (sindicato do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.


"Pessoas que estão trabalhando cuidam melhor da saúde. Qualquer problema, podem ir à farmácia ou ao pronto-socorro. O segmento de planos de saúde também tem se beneficiado com isso", afirma o executivo. Apesar da expansão, Mussolini afirma que as farmacêuticas estão perdendo rentabilidade em decorrência do preço da mão de obra e da carga de tributos.


Enquanto o preço médio dos remédios subiu 4,5% neste ano e 3,7% em 2012, o salário do trabalhador avançou 8,5% e 8%, respectivamente. "Os custos pressionam. Com a venda em alta, não é possível cortar gastos com profissionais. As companhias podem acabar precisando reduzir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento," acrescenta. A desvalorização do real também prejudica o setor, que importa grande parte da matéria-prima. "Além da depreciação cambial, o preço dos insumos aumentou no exterior. A elevação é de cerca de 30% nos últimos dois anos." A entidade prevê alta entre 12% e 14% para 2014.

 

Autor: Maria Cristina Frias
Ascom
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