Nos encontros anuais do Annual Diabetes Technology Meeting, na Pennsylvania – Philadelphia, reúnem-se médicos, engenheiros, físicos, químicos e outros profissionais envolvidos em pesquisa e desenvolvimento de equipamentos, voltados para uso em pessoas com diabetes. São encontros onde é apresentada uma média de 150 trabalhos científicos voltados para essa área. Além disso foi introduzida uma nova seção de Inventores e suas Invenções, na qual os pesquisadores têm oportunidade de demonstrar novas tecnologias, produtos ou softweres. É de encontros dessa natureza que surgem novas abordagens tecnológicas que servem para se obter resultados mais eficientes, menos dolorosos e mais rápidos.

Os medidores de glicose não são mais, apenas, para os diabéticos. Alguns químicos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica que permite que eles sejam usados para analisar inúmeras moléculas no sangue, no soro,  na água ou nos alimentos. Esta descoberta, que cria uma forma simples, portátil e barata de fazer inúmeros exames, foi publicada na revista Nature Chemistry. Insulina oral, sensores de glicose, métodos para dosar a glicose na lágrima, relógios para detecção de glicemia, além de desenvolvimento de programas de computador para tratamento à distância, são algumas das novidades
surgidas com as novas tecnologias.

O Dr. Jeffrey LaBelle, da Universidade do Estado do Arizona, fez um pronunciamento, enfatizando que "O problema com as atuais tecnologias de monitoramento da glicose no sangue não é tanto o sensor. É a dor da picada no dedo que faz as pessoas relutarem em realizar o teste."

Com o intuito de facilitar os exames rápidos de glicose, pesquisadores norte-americanos desenvolveram um sensor que substitui a picada no dedo, utilizada hoje pelos pacientes de diabetes para coletar sangue, por uma coleta de fluido lacrimal. De acordo com  os resultados obtidos pelos pesquisadores, a glicose no fluido lacrimal dá uma indicação dos níveis de glicose no sangue com uma precisão tão grande quanto uma análise direta de uma amostra de sangue. Tem a vantagem da coleta do líquido lacrimal não ter a necessidade de grande quantidade do material. O coletor desenvolvido necessita, apenas, de material colhido no canto do olho, sem dor e sem ser preciso estimular o choro para obter grande volume de material. Com certeza, esta nova tecnologia encorajará os pacientes a realizarem, com mais freqüência, as suas dosagens de glicose mantendo, assim, um maior controle do seu diabetes, por meio de um método simples e descomplicado.

Atualmente, a maior dificuldade dos pesquisadores é  aumentar a velocidade do exame, para que o teste seja feito antes que o fluido lacrimal evapore do coletor. Isto é muito importante, pois, evita a necessidade de grande quantidade de lágrima. Para que o aparelho com esse sensor especial possa ser construído em escala comercial é preciso que os pesquisadores colham maiores dados estatísticos para que se obtenha a autorização necessária.

BIBLIOGRAFIA –

1.       DIABETENET(www.diabetenet.com.br)